O pequeno Jamerson Caliel Alves, seis anos, vive com apenas metade do
coração devido um grave defeito de nascença que fez com que a parte do
órgão não se desenvolvesse. Aos nove meses de idade, Caliel sentia
dificuldades para respirar e chegava a ficar bastante roxo. Nascido no
município de Floresta, no Sertão de Pernambuco, a doença demorou a ser
diagnosticada. Era a cardiopatia congênita apresentando os primeiros
sintomas.
Correr, brincar, pular e até chorar se tornavam motivo de preocupação para os pais de Caliel. Ao fazer qualquer esforço físico, os sintomas da doença pioravam. Após vários exames, o menino finalmente passou pela primeira cirurgia no ano de 2010, quando tinha dois anos de idade. O resultado foi satisfatório, mas a criança continuou sentindo dificuldades para respirar. Hoje ele vai ao Recife, capital do Estado, periodicamente, para fazer acompanhamento médico. Há a possibilidade dele ter que passar por outro procedimento cirúrgico em breve.
Segundo a mãe de Caliel, Camila Alves de Araújo, 25, o menino toma três
medicamentos diferentes por dia. "Ele mastiga o comprimido e depois
engole. Mas, graças a Deus não pago nada pelo remédio. Os médicos
falaram que ele não pode fazer transplante de coração por ser muito
novo. Um coração transplantado dura em média apenas 15 anos, por isso
não pode ser transplantado agora", lamenta Camila.
A mãe tinha
dificuldades para engravidar antes de ter Caliel. Este foi o primeiro
filho dela. Anos depois, ela deu a luz a Ana Rebeca, desta vez sem
nenhuma doença cardíaca. A menina, hoje com três anos de idade, é a
grande amiga de Caliel. Mesmo após a primeira cirurgia, o menino
continua sem poder fazer esforço físico. Ele passa boa parte do dia em
casa, brincando num tablet.
Quando perguntado sobre o que ele gostaria de ganhar de presente de fim de ano, Caliel pensou primeiramente no tio que têm leucemia. "Eu queria que ele ficasse bom", respondeu o garoto. Simples e com muito amor ao próximo, Caliel pensou num parente antes de querer algo para si. Apesar disso, toda a família e, principalmente a mãe, quer mesmo que o menino possa voltar a brincar e correr pela casa como uma criança qualquer.
Quando perguntado sobre o que ele gostaria de ganhar de presente de fim de ano, Caliel pensou primeiramente no tio que têm leucemia. "Eu queria que ele ficasse bom", respondeu o garoto. Simples e com muito amor ao próximo, Caliel pensou num parente antes de querer algo para si. Apesar disso, toda a família e, principalmente a mãe, quer mesmo que o menino possa voltar a brincar e correr pela casa como uma criança qualquer.
Do NE10
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