sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Na diplomação, Dilma defende pacto anticorrupção e preservação da Petrobras

Em discurso após receber o diploma para assumir o segundo mandato presidencial, a presidente Dilma Rousseff conclamou brasileiros para um pacto nacional contra a corrupção, a reforma política e a preservação da Petrobras. Para a presidente, as irregularidades cometidas no passado não podem trazer conflitos para o presente.

Dilma defendeu a punição das pessoas que cometeram crimes mas defendeu que a maior empresa do país, a quem chamou de a "mais brasileira das empresas", não seja punida pelo erro de alguns dos seus diretores e presidentes.

"Chegou a hora de firmarmos um grande pacto nacional contra corrupção, envolvendo todos os setores da sociedade e do governo. Esse pacto vai desaguar na grande reforma política que o Brasil precisa promover no próximo ano", disse.

Em relação à Petrobras, a presidente disse que alguns funcionários foram atingidos no processo de combate à corrupção. "[Mas temos que] saber apurar e punir sem enfraquecer a Petrobras e sem diminuir sua importância para o presente e futuro [do país]".

Dilma afirmou ainda que quer ser a presidente capaz de liderar uma mudança cultural da sociedade em relação à corrupção. "É preciso ter com clareza que não é um conjunto de novas leis que vai resolver esse problema. Ela [mudança de cultura] tem que nascer dentro de cada lar, de cada escola, de cada alma de cada cidadão. Temos que criar uma nova consciência de moralidade pública. Quero ser a presidente que ajudou a tornar esse processo irreversível", disse.

Durante seu discurso, Dilma foi aplaudida quatro vezes, todos em momentos que defendeu o combate à corrupção. A presidente prometeu para o seu discurso de posse, no dia 1º de janeiro, detalhes das medidas que pretende adotar em seu segundo governo para garantir mais crescimento para o país, desenvolvimento econômico e progresso social.

Ao final da cerimônia de diplomação, o presidente do TSE, o ministro Dias Toffolli, mandou um recado para a oposição. "Não haverá terceiro turno. Que os especuladores se calem. Não há espaço", disse. Na tarde desta quinta, o PSDB apresentou um recurso à Justiça eleitoral pedindo a cassação de Dilma.

Da Folhapress 

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