A agência internacional de classificação de risco Standard and Poor´s
(S&P) rebaixou nesta quinta-feira (18) a nota de cinco empresas de
alguma forma relacionadas à Petrobras, cuja avaliação já havia sido
revisada para pior na última quarta.
A mudança em relação à Petrobras significou que, considerada de forma
independente de seu controlador (a União), a estatal passou a ter uma
nota correspondente ao chamado grau especulativo (a avaliação do perfil
de crédito individual da estatal caiu de BBB- para BB). O grau
especulativo significa que a empresa tem um risco considerável de calote
de sua dívida. No entanto, a S&P reafirmou a nota de crédito
corporativo da petroleira em "BBB-", o mais baixo patamar do grau de
investimento, devido à grande probabilidade de "ajuda extraordinária
pelo governo", em caso de dificuldade financeira.
Como as demais empresas não têm o mesmo suporte do governo, a agência
decidiu rebaixar as notas da Odebrecht Offshore Drilling Finance (de
BB- para BB), da Odebrecht Óleo e Gás (de BBB- para BB+), da QGOG
Constellation e da Sete Brasil Participações (ambas de BB+ para BB) e do
Schahin II Finance (de BBB- para BB).
Na visão da S&P, a crise da Petrobras dificulta o acesso a
capital e pode ocasionar limitações de caixa para pagamentos nos
próximos meses.
"A Petrobras atualmente está sendo investigada por atos de corrupção,
o que enfraqueceu sua flexibilidade financeira e acesso ao mercado.
Rebaixamos os ratings [notas] na escala global das empresas que fornecem
navios-sonda à Petrobras", afirmou, em nota.
Da Folhapress
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