Na ação que pede a cassação do novo mandato da presidente Dilma
Rousseff (PT) por abuso de poder político e econômico, o PSDB acusa a
campanha da petista de ter usado dinheiro desviado da Petrobras durante a
última eleição.
O discurso dos tucanos se baseia em trechos já divulgados de
depoimentos colhidos no escopo da Operação Lava Jato, que investiga um
grande esquema de corrupção na Petrobras que abastecia funcionários
públicos, partidos e políticos.
O PSDB, partido presidido pelo senador Aécio Neves (MG), que perdeu
as eleições contra Dilma, destaca trechos de falas do ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto Costa, em que ele afirma que até 3% dos valores
superfaturados nas obras da área que comandava eram divididos entre o
PT, o PMDB e o PP, que integra a base do governo. Segundo ele, haveria
um cartel de empresas que dividia lotes de obras para pagar,
posteriormente, propinas às siglas.
No pedido de investigação à Justiça Eleitoral, os tucanos levantaram
os valores arrecadados junto às empresas acusadas de compor esse cartel
pelo PT e o PMDB, partido do vice de Dilma, Michel Temer, e conclui:
"Como é cediço, os recursos arrecadados por partidos políticos são
também destinados ao financiamento das campanhas eleitorais de que
participam. Assim, o privilégio do financiamento espúrio não é só aquele
oriundo da melhor inserção social dos partidos no tempo, mas também na
própria campanha eleitoral".
Na ação, o partido também alega que houve uso abusivo de cadeias de
rádio e TV para promoção pessoal e propaganda antecipada da candidatura
de Dilma, além de listar supostas irregularidades no uso de ONGs e
sindicatos para transporte de eleitores e propaganda irregular contra
Aécio.
O pedido de investigação diz esperar a cassação do diploma de Dilma e
a "consequente" posse de Aécio e seu candidato a vice, Aloysio Nunes,
"nos termos da jurisprudência assentada" pelo Tribunal Superior
Eleitoral.
Da Folhapress
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