O ministro Pepe Vargas (Relações Institucionais) voltou a defender a
presidente Dilma Rousseff (PT) nesta terça-feira (20) ao dizer que ela
não pode ser responsabilizada por prejuízos decorrentes da compra da
refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Na época da negociação, Dilma
era presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
De acordo com reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", publicada
nesta terça, o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli apresentou
defesa ao Tribunal de Contas da União (TCU) em que pede para ser
excluído do processo que determinou o bloqueio de seus bens por causa da
compra da refinaria.
Caso seu apelo não seja aceito pelo tribunal, Gabrielli pede, de
acordo com a reportagem, que o TCU responsabilize então o Conselho de
Administração da época, presidido por Dilma, que autorizou a compra.
Pepe Vargas evitou alongar seus comentários sobre o assunto, mas disse
que quem causou prejuízos a Petrobras deve ser responsabilizado.
"Quem cometeu crime contra a empresa pública tem de ser punido sob o
ponto de vista penal, ter seus bens bloqueados. Mas não tem nenhuma
responsabilização da presidenta Dilma sobre esse assunto", disse em café
da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto nesta terça (20).
Vargas disse ainda que quem acusar a presidente deverá provar sua
responsabilidade no prejuízo. O ministro afirmou que nenhum órgão de
investigação ou de controle pediu o bloqueio de bens da presidente. "E
eu acredito que isso não acontecerá", disse. "A presidente Dilma não tem
envolvimento com essas questões", completou.
Questionado sobre se a manutenção da presidente da Petrobras, Graça
Foster, no cargo não contribui para a enfraquecimento da empresa, Vargas
afirmou apenas que a estatal "não tem risco nenhum de quebrar". Ele
atribuiu a queda de valor das ações da empresa a redução do valor do
barril de petróleo no mercado internacional. "Ação de bolsa é isso. Uma
hora sobe, outra hora desce. Mas não há risco nenhum de a Petrobras
quebrar. Os ativos que ela tem não indicam risco nenhum de quebrar",
disse.
Da Folhapress
Da Folhapress
Nenhum comentário:
Postar um comentário