A Justiça Federal negou hoje (16) pedido de liberdade do ex-diretor
da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, preso na
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde quinta-feira
(14), em função dos desdobramentos da Operação Lava Jato.
De acordo com decisão do desembargador João Pedro Gebran Neto, do
Tribunal Regional Federal da 4ª Região, é “estranho” que Cerveró tente
se desfazer de seu patrimônio pessoal no momento em que ele é alvo das
investigações sobre desvios na estatal.
No entendimento do magistrado, a prisão de Nestor Cerveró é
justificável, porque há indicativos de que o ex-diretor tem dinheiro em
contas offshore (paraísos fiscais) no exterior. Para o juiz,
uma prova disso é o apartamento onde o ex-diretor mora, cujo imóvel é o
único bem no Brasil de uma empresa offshore (que funciona em paraísos fiscais).
"De tudo isso, é inevitável concluir que, muito embora o paciente não
figure mais como diretor internacional da Petrobrás, o que dificultaria
a persistência na prática de parte dos delitos que lhe são até agora
imputados, há sinais de que a prática delitiva não foi interrompida",
afirmou.
Na decisão, Gebran Neto também afirmou que viajar para o exterior e
sacar dinheiro de aplicações financeiras não podem ser “ ingenuamente”
entendidos como fatos corriqueiros no caso de Cerveró.
Fonte: Agência Brasil
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