A ex-senadora Marina Silva, que disputou as eleições ao Planalto no ano
passado, escreveu nesta quinta-feira (8) um longo artigo com críticas ao
discurso de posse e às primeiras medidas anunciadas pela presidente
reeleita Dilma Rousseff (PT). No texto, ela ressalta a teoria de que
Dilma cometeu estelionato eleitoral, diz que a petista se apoiou em uma
retórica "vazia" e "marqueteira" em seu primeiro pronunciamento e afirma
que o segundo mandato da presidente se "inicia gastando o terceiro
'volume morto' de nossa reserva de esperança".
O artigo foi publicado no site de Marina, que se prepara este ano para finalizar a criação de seu novo partido, a Rede. O título do texto, "Quem educa quem?", é uma provocação evidente com o novo "slogan" do governo, "Brasil: Pátria Educadora", anunciado por Dilma durante a cerimônia de posse, no último dia 1º. "Os indícios preocupantes que já anunciavam um segundo mandato da presidente Dilma ainda mais divorciado das necessidades reais do Brasil e do povo brasileiro, infelizmente, já estão se confirmando", diz a ex-senadora no início do texto.
"O discurso de posse, a escolha de alguns ministros, as primeiras medidas tomadas ou anunciadas, tudo transmite contradição, ausência de sentido e a noção de um grande equívoco", conclui. Para Marina, Dilma decepcionou os que esperavam "um programa de governo" ou "diretrizes claras para a solução dos problemas mais evidentes" do país. Segundo a ex-senadora, os que apostaram na petista se depararam "com uma retórica vazia, destinada a isentar-se das responsabilidades e lançar uma cortina de fumaça sobre o passado e a origem dos problemas atuais do país. Dele ficou longe a marca da estadista. (...) [Dilma] contentou-se em repetir a retórica marqueteira que a ninguém inspira segurança".
O artigo foi publicado no site de Marina, que se prepara este ano para finalizar a criação de seu novo partido, a Rede. O título do texto, "Quem educa quem?", é uma provocação evidente com o novo "slogan" do governo, "Brasil: Pátria Educadora", anunciado por Dilma durante a cerimônia de posse, no último dia 1º. "Os indícios preocupantes que já anunciavam um segundo mandato da presidente Dilma ainda mais divorciado das necessidades reais do Brasil e do povo brasileiro, infelizmente, já estão se confirmando", diz a ex-senadora no início do texto.
"O discurso de posse, a escolha de alguns ministros, as primeiras medidas tomadas ou anunciadas, tudo transmite contradição, ausência de sentido e a noção de um grande equívoco", conclui. Para Marina, Dilma decepcionou os que esperavam "um programa de governo" ou "diretrizes claras para a solução dos problemas mais evidentes" do país. Segundo a ex-senadora, os que apostaram na petista se depararam "com uma retórica vazia, destinada a isentar-se das responsabilidades e lançar uma cortina de fumaça sobre o passado e a origem dos problemas atuais do país. Dele ficou longe a marca da estadista. (...) [Dilma] contentou-se em repetir a retórica marqueteira que a ninguém inspira segurança".
"Nenhuma
palavra sobre índios ou quilombolas, nada de reforma agrária. Quando se
refere a meio ambiente, usa como exemplo de sucesso de seu governo os
resultados de planos feitos e implementados em gestões anteriores", diz
Marina. Ela ainda critica alguns dos ministros nomeados por Dilma, como
Aldo Rebelo, do PCdoB, que assumiu a pasta de Ciência e Tecnologia. "A
medir pelas posições de seu ministro de Ciência e Tecnologia, que faz
coro com os 'céticos' na negação do aquecimento global", diz Marina,
Dilma não sinaliza na direção do avanço, mas do "duvidoso interesse em
liderar o atraso, como já o fez na Rio+20".
A ex-senadora afirma ainda que a "'pátria educadora' da presidente Dilma está longe de educar pelo exemplo: os pedaços do Estado, mais uma vez, foram repartidos entre os aliados, em muito casos em prejuízo do país". "Deseduca também pela incoerência entre o que se diz para ganhar a eleição e o que se faz na hora de governar", diz a adversária da petista. "Nós, brasileiros, sempre guardamos, no fundo de nossas almas, ao menos o resquício de uma crença no futuro. O segundo mandato da presidente Dilma se inicia gastando o terceiro 'volume morto' de nossa reserva de esperança", diz Marina ao final do texto.
A ex-senadora afirma ainda que a "'pátria educadora' da presidente Dilma está longe de educar pelo exemplo: os pedaços do Estado, mais uma vez, foram repartidos entre os aliados, em muito casos em prejuízo do país". "Deseduca também pela incoerência entre o que se diz para ganhar a eleição e o que se faz na hora de governar", diz a adversária da petista. "Nós, brasileiros, sempre guardamos, no fundo de nossas almas, ao menos o resquício de uma crença no futuro. O segundo mandato da presidente Dilma se inicia gastando o terceiro 'volume morto' de nossa reserva de esperança", diz Marina ao final do texto.
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