Conhecido por seu litoral repleto de belas praias, o Rio Grande do
Norte recebe milhares de turistas do Brasil e também do mundo durante o
verão. Se por um lado isso movimenta a economia do Estado, por outro, o
trabalho do sistema de segurança aumenta. Pensando nisso, o pelotão de
Polícia Militar de Pipa, em Tibau do Sul, intensificou o combate ao
tráfico de drogas no local. Os resultados já começaram a aparecer.
Nos últimos seis meses, oito bocas de fumo foram identificadas e
fechadas pela PM. “Sabemos que, durante o verão, a movimentação na praia
aumenta bastante. Então, nos últimos meses aumentamos o combate ao
tráfico de drogas. Já tínhamos algumas investigações em andamento.
Recebemos muitas denúncias da população e conseguimos fechar esses
locais”, destacou o tenente Daniel Costa, comandante da Polícia Militar
de Pipa.
Além das bocas de fumo, a PM conseguiu tirar de circulação mais de
seis quilos de maconha e crack, que foram apreendidos na praia. Além
disso, em novembro dois homens e uma mulher foram presos de posse de
oito mil comprimidos de ecstasy. “Já vínhamos monitorando o trio. Eles
pegaram a droga em João Pessoa e estavam trazendo para Pipa. A mulher
presa é dona de uma pousada na praia e um dos homens era marido dela.
Montamos um bloqueio para interceptá-los e eles tentaram furar. Nesse
momento efetuamos a prisão. Foi algo muito positivo, em virtude do alto
número de comprimidos apreendidos, que seriam comercializados por algum
tempo na praia”, disse Daniel. A mercadoria apreendida foi avaliada em
R$ 400 mil, visto que cada comprimido custa em média R$ 50 no mercado.
Os detidos e a droga sintética foram levados para a sede da Polícia
Federal, em Natal.
Apesar do sucesso nas recentes operações, Daniel Costa afirmou que a
PM já trabalha com novas informações e continua intensificando o combate
ao tráfico de drogas. “Quando recebemos alguma informação, começamos a
investigar. Hoje o nosso maior objetivo são as bocas de fumo. São nesses
locais que o crack é vendido e o crack é a nossa maior preocupação,
pois é uma droga altamente viciante e que deixa o usuário em uma
situação física bem complicada”, frisou o tenente, que ainda destacou a
baixa no número de ocorrências policiais. “Muitos assaltos que
aconteciam em Pipa estavam diretamente ligados ao consumo de drogas.
Pessoas que praticavam os assaltos para ter dinheiro para comprar
drogas. Com uma circulação menor dessas substâncias ilícitas, como
consequência nós temos uma diminuição do número de ocorrências”.
Para Daniel, o que ocorreu com a exploração sexual que acontecia em
Pipa é um bom exemplo do que ele pretende fazer com o tráfico de drogas
na região. “Antigamente Pipa era um centro onde a exploração sexual, de
todas as idades, acontecia bastante. Com o passar do tempo foi feito um
trabalho intenso com diversos órgãos para combater essa prática, que foi
diminuindo aos poucos. Hoje em dia continuamos combatendo a exploração
sexual. Se recebermos algum chamado, vamos averiguar. Porém, hoje a
exploração sexual não é mais algo que faça parte constante da realidade
de Pipa”.
O oficial que comanda a segurança pública na localidade disse ainda
que os frequentadores da praia devem colaborar com a ordem tomando
algumas precauções importantes para não favorecer a ação de criminosos.
Toda e qualquer informação sobre pessoas envolvidas em práticas ilícitas
ou até mesmo denúncias de crimes sofridos, o turista pode entrar em
contato com a polícia através do número 190 ou direto como o pelotão no
telefone (84) 3246-2525.
Jornal de Hoje
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