Utilizado para financiar os
pesados investimentos da Petrobras, sobretudo aqueles com foco no
incentivo à indústria local, o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) está tão comprometido com a petroleira que a
questão já preocupa a instituição de fomento, segundo fontes de mercado.
Cruzamento de dados feito pelo ‘Estado’ aponta um comprometimento
total, incluindo participação acionária, de R$ 64,2 bilhões, montante
que poderá deixar o BNDES desenquadrado das regras do Banco Central (BC)
a partir de julho.
O montante comprometido considera o valor de exposição de crédito – o
quanto um banco ainda tem a receber de um cliente. Além disso, a
participação acionária é incluída no comprometimento total, pois as
regras do BC determinam que nenhum banco comprometa mais de 25% do
patrimônio de referência com um único cliente. O patrimônio do BNDES é
de R$ 97,851 bilhões – ou seja, o limite equivale a R$ 24,463 bilhões,
bem abaixo de R$ 64,2 bilhões.
O BNDES só não está desenquadrado no BC por causa de uma série de exceções previstas em normas do Conselho Monetário Nacional (CMN). O problema é que uma das exceções – que permite ao banco de fomento excluir participações acionárias do cálculo – tem prazo de validade: a partir de 1o de julho, pela resolução 4.089/2012 do CMN, o BNDES terá de voltar a incluir as ações da Petrobras e será obrigado a reduzir o excedente até 2024.
Estadão
O BNDES só não está desenquadrado no BC por causa de uma série de exceções previstas em normas do Conselho Monetário Nacional (CMN). O problema é que uma das exceções – que permite ao banco de fomento excluir participações acionárias do cálculo – tem prazo de validade: a partir de 1o de julho, pela resolução 4.089/2012 do CMN, o BNDES terá de voltar a incluir as ações da Petrobras e será obrigado a reduzir o excedente até 2024.
Estadão
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