A lavagem de dinheiro sujo nas obras da Refinaria Abreu e Lima somou a
quantia de R$ 18,64 milhões, segundo a sentença da Justiça Federal que
condena o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o
doleiro Alberto Youssef e outros seis alvos da Operação Lava Jato.
O juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato, assinala que o
esquema de lavagem no âmbito da Abreu e Lima “envolveu especial
sofisticação, com a realização de dezenas ou centenas de transações
subreptícias, simulação de prestação de serviços e superfaturamento de
mercadorias, dezenas de contratos e notas fiscais falsas, até mesmo
simulação de operação de importações, com transferências
internacionais”.
A investigação mostrou que o esquema de lavagem envolveu seis
empresas de fachada. “Consequências devem ser valoradas negativamente”,
observou Moro. “A lavagem envolve a quantia substancial de R$
18.645.930,13. Mesmo considerando as operações individualmente, os
valores são elevados, tendo só uma delas envolvido R$ 1.912.000,00. A
lavagem de grande quantidade de dinheiro merece reprovação especial a
título de consequências.”
Segundo a denúncia, houve desvios de dinheiro público na construção
da Refinaria, por meio de pagamento de contratos superfaturados a
empresas que prestaram serviços direta ou indiretamente à Petrobrás,
entre 2009 e 2014. A obra, orçada inicialmente em 2,5 bilhões de reais,
teria alcançado atualmente o valor global superior a 20 bilhões de
reais.
Fonte: Estadão Conteúdo
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