No
mais duro ataque à presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou agora a proposição de um "pacto pela
preservação do emprego" que dure até o fim da recessão e a retomada do
crescimento no país. Ele disse que tomou a iniciativa para suprir a
paralisia e o vazio do Governo e chamou de "ridícula" a decisão da
presidente de não ir à TV no dia do trabalhador por não ter o que dizer.
Renan
disse que a democracia foi conquistada no Brasil para deixar que a
panelas falem. Disse ser preciso ouvir o que as panelas tem a dizer.
Também criticou a condução da articulação política feita pelo
vice-presidente Michel Temer, disse que o PMDB não pode substituir o PT
no que tem de pior, que é o aparelhamento do Estado, e que não pode ser
um coordenador de recursos humanos.
—
Não há nada pior do que a paralisia, a falta de iniciativa e o vazio.
Nós conquistamos a democracia no Brasil para deixar que as panelas se
manifestassem.
Precisamos
ouvir o que as panelas dizem. Certamente a presidente Dilma não vai
falar porque não tem o que dizer aos trabalhadores. Por isso estou
propondo esse pacto em defesa do emprego. Assim como temos meta de
inflação, de superávit fiscal, temos que ter também uma meta de emprego —
disparou Renan, informando que o senador José Serra (PSDB-SP) e outros
economistas vão ajudar a coordenar as medidas desse pacto.
Segundo
Renan, depois de uma sessão no dia 5 de maio, com economistas e
empresários, no plenário do Senado, para discutir medidas para estimular
empresas que geram vagas de emprego, ele irá fazer um pronunciamento e
depois levar a ideia à presidente Dilma.
—
Espero que ela compre a ideia. Vai ajudá-la a sair do imobilismo e
preencher esse vazio e paralisia. Não ter o que dizer na TV no dia 1º de
maio é uma coisa ridícula, um retrocesso — completou Renan.
O Globo
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