Em evento do PCdoB ontem, na capital paulista, a presidenta Dilma
Roussef disse que o governo está em um momento difícil, de grande
desafio. Ela lembrou que, desde a eclosão da crise financeira de 2008, o
governo federal adotou todas as medidas anticíclicas possíveis, como
fortalecer e ampliar políticas sociais e o crédito, a fim de proteger o
consumo, o investimento das empresas, o emprego e a renda dos trabalhadores. “Agora nós chegamos no limite de nossa capacidade anticíclica”, destacou.
“Não estamos fazendo mudança na estratégia, estamos alterando a
tática”, disse ao garantir a continuidade dos programas sociais e que
não vai sucatear a infraestrutura do país. Segundo a presidenta, não há
como adiar um ajuste fiscal. O país não pode continuar com o mesmo
padrão e há necessidade de um reequilíbrio fiscal.
Segundo Dilma, o objetivo é encurtar ao máximo as restrições mais
pesadas e dividir os sacrifícios da forma mais justa possível, mas que a
retomada do crescimento exige esforços de todos. Ela ressaltou a
importância da reforma política e do fim do financiamento empresarial nas campanhas eleitorais.
Sobre a Operação Lava Jato, a presidenta afirmou que o Brasil deve
continuar a combater a corrupção e a impunidade e que o governo tem
atuado junto ao Ministério Público federal, sem impor a presença de um
“engavetador geral da República”.
Dilma também falou sobre o projeto que reduz a maioridade penal e
destacou que “há um conservadorismo muito perigoso da sociedade
brasileira”. Segundo a presidenta, a medida que propõe a redição da
maioridade penal é “gravíssima” e defendeu outro modelo: “Somos a favor
de penalizar o adulto que usa crianças como escudo legal”.
Da Agência Brasil
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