Porta-voz da Justiça suíça, Folco Galli
expôs o dia a dia dos sete dirigentes presos no país europeu, acusados
pelo FBI por esquemas de corrupção na Fifa. O representante afirmou que
os dirigentes passam 23 horas por dia na cela – período que pode ser
diminuído através do trabalho prisional -, sem qualquer tipo de regalia,
como uso de telefone e internet.
“Eles não têm privilégios e não poderão
receber nenhuma encomenda de fora”, disse Galli à agência AP. Os detidos
também possuem refeição simples. Após ficarem hospedados em um hotel de
luxo na Suíça, com diárias superiores a 4 mil euros (cerca de R$ 13
mil) e dispondo de um farto cardápio, os dirigentes agora só têm direito
a um prato com arroz, carne e vegetais. Às vezes, uma fruta complemente
a alimentação. Além de tudo, as visitas são exclusividades de advogados
e esposas, apenas.
Galli sabe que os acusados
podem recorrer da decisão até o dia 8 de junho. Porém, o porta-voz não
acredita que haverá liberdade condicional, com o pagamento de fiança: “É
possível, mas muito raro. A lei diz que a pessoa precisa ficar detida
durante todo o processo de extradição. Se deixarmos alguém sair e
acontecer uma fuga, a Suíça estará rompendo com suas obrigações”.
De acordo com o
representante da Justiça, o processo de extradição dura, em geral, seis
meses. Porém, a burocracia pode fazer o intervalo chegar a um ano. Neste
contexto, os presos esperam o dia 3 de julho, prazo final para que os
Estados Unidos concretizem a ordem extradicional formal.
Detido em território suíço,
o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria
Marin, foi afastado da entidade que rege o futebol canarinho e está
impedido – ainda que provisoriamente – pela Fifa de realizar atividades
ligadas ao esporte bretão.
Além de Marin, estão presos
Jeffrey Webb, presidente da Confederação das Américas Central e do
Norte (Concacaf) e vice-presidente da Fifa, Eduardo Li, presidente da
Federação da Costa Rica, Julio Rocha, agente de desenvolvimento da Fifa,
Costas Takkas, da Concacaf, Eugenio Figueredo, ex-presidente da
Conmebol, e Rafael Esquivel, integrante da Conmebol e presidente da
Federação de Futebol da Venezuela.
Terra
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