Um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, o
ex-ministro Moreira Franco negou que o PMDB esteja trabalhando por uma
aliança informal com o PSDB caso a presidente Dilma Rousseff sofra um
processo de impeachment. Ele, no entanto, não esconde que esse é um tema
que tem dominado o debate do meio político. “Conversa e caldo de
galinha não fazem mal a ninguém”, disse.
Já a assessoria de imprensa de Temer afirmou que não iria comentar o
assunto, por desconhecer qualquer iniciativa nesse sentido. Caso a
petista seja afastada do cargo, caberia ao peemedebista assumir o seu
lugar.
Conforme revelou o jornal Estado de S. Paulo, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso foi sondado por um integrante da Executiva
Nacional do PMDB sobre um possível apoio a um mandato presidencial de
Temer. O senador Aécio Neves também foi procurado. Para os
peemedebistas, Dilma dificilmente escapará, no segundo semestre, do
processo no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as chamadas
“pedaladas fiscais” nas contas do governo em 2014.
Outro fator de instabilidade contra o governo é a delação premiada do
dono da construtora UTC, Ricardo Pessoa, alvo da Operação Lava Jato que
está hoje em prisão domiciliar. Trechos da colaboração do empreiteiro
vieram a público e citam ministros do núcleo duro do Planalto – os
titulares da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Secretaria de
Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro do comitê à
reeleição de Dilma – como receptores de recursos de caixa 2 para
campanhas eleitorais.
Estadão Conteúdo
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