O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), afirmou
nesta quarta-feira (19) que não deixará seu cargo mesmo que ele seja denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no processo da Lava Jato.
O peemedebista foi acusado pelo delator Julio Camargo de receber
propina do esquema de corrupção na Petrobras. Nesta quarta, o jornal O
Globo divulgou que ele seria denunciado ao Supremo Tribunal Federal
(STF). “Eu não farei afastamento de nenhuma natureza. Vou continuar
exatamente no exercício pelo qual eu fui eleito pela maioria da Casa.
[Estou] absolutamente tranquilo e sereno com relação a isso”, disse
Cunha em entrevista coletiva, ao se deslocar de seu gabinete para o
plenário.
Mesmo afirmando que a denúncia era um “acordão” do governo com a PGR,
o deputado prometeu que não haverá retaliação de sua parte na condução
da Casa. “Eu não misturo o meu papel de presidente da Casa com as
eventuais situações que possam envolver a minha pessoa. Exercerei o meu
papel de presidente da forma que, institucionalmente, eu tenho que
exercer. Eu não faço papel de retaliação nem tomo atitudes por causa de
atitudes dos outros”, complementou. Cunha disse, ainda, que não
utilizará o plenário para falar em seu favor. “Não farei jamais discurso
em plenário com relação a nenhum assunto, não pretendo fazê-lo”,
concluiu.
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