O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse
nesta quarta-feira (2) que é favorável que o Congresso aprove o Orçamento de 2016 do jeito que o governo encaminhou.
"Ter déficit não é o principal problema. O governo pode aprovar um
Orçamento com déficit. Sou favorável que se aprove o Orçamento como o
governo mandou, seja de natureza que for", declarou.
Cunha destacou que o
ônus da peça orçamentária já é dividida com o Congresso, uma vez que o
Parlamento tem de aprovar a proposta do Executivo, mas voltou a dizer
que cabe ao governo encontrar soluções para o déficit anunciado de R$
30,5 bilhões, "seja através de corte de gastos ou melhoria do ambiente
para aumentar a receita". "Não cabe a nós fazer isso", enfatizou. Ao
comentar o cenário econômico e o Orçamento, o peemedebista disse que é
preciso que a dívida bruta não sofra aumento.
"Entendo que é um
princípio de controle de gasto público. Pior é você ter superávit
pequeno e a dívida aumentar muito", afirmou. Cunha disse também que é
preciso enfrentar a pauta de vetos presidenciais para que o Congresso
possa votar mais para frente a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o
próprio Orçamento de 2016. "A pauta vai ter de ser enfrentada. Se não
enfrentar a pauta, não se vota LDO, Orçamento, nem o PL da mudança da
meta. A cada dia que passa vão sendo sancionados e vetados projetos,
isso é contraproducente", avaliou Cunha.
O peemedebista afirmou que não
tem conhecimento de acordo com o governo para esvaziar a sessão do
Congresso, mas questionou o agendamento da sessão conjunta numa manhã de
quarta-feira. Cunha disse que nunca viu quórum em sessões do Congresso
às quartas-feiras pela manhã. "Sessão efetiva é sempre terça de noite",
disse.
Estadão Conteúdo
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