O dinheiro supostamente desviado do Instituto de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente (Idema) foi usado para comprar apartamentos
de luxo, construir uma academia de alto padrão e reformar a loja de uma
equipadora de veículos. Os destinos dos recursos foram identificados
pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte
nos oito meses de investigações que culminaram na operação Candeeiro,
deflagrada nesta quarta-feira (2) em Natal, Parnamirim, Santana do Matos
e Mossoró.
Na denúncia ofertada à Justiça potiguar, o Ministério Público Estadual
pediu o sequestro de 15 imóveis, dez deles apartamentos de um condomínio
de luxo na praia de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal. A academia de
alto padrão e a equipadora de veículos construídas com o dinheiro do
Idema pertencem aos investigados, segundo o MP. As obras foram
realizadas por uma das empresas que recebia os recursos do Idema mesmo
sem ter vínculo com o órgão.
Em entrevista coletiva nesta quarta, os promotores do Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) explicaram que a
investigação começou em janeiro após denúncias sobre o rápido
enriquecimento de pessoas lotadas no setor de contabilidade do Idema. De
acordo com o promotor Paulo Batista de Lopes Neto, o esquema criminoso
se utilizou de "ofícios fantasmas" para desviar mais de R$ 19 milhões do órgão
entre 2013 e 2014. Os documentos eram emitidos pelo Idema ao Banco do
Brasil solicitando transferências de recursos do órgão para pelo menos
sete empresas. Nenhuma delas possuía vínculo com o instituto.
"Os ofícios eram extraviados do Idema e os pagamentos se mantinham ocultos porque não eram lançados no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e também não apareciam no Portal da Transparência. Se o pagamento não é lançado, não tem como rastrear. Soliticamos todos os extratos do Idema no Banco do Brasil e batemos todos os créditos e débitos", detalha o promotor.
"Os ofícios eram extraviados do Idema e os pagamentos se mantinham ocultos porque não eram lançados no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) e também não apareciam no Portal da Transparência. Se o pagamento não é lançado, não tem como rastrear. Soliticamos todos os extratos do Idema no Banco do Brasil e batemos todos os créditos e débitos", detalha o promotor.
Fonte: G1-RN
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