A equipe econômica já tem nas mãos
aumentos de impostos que podem renderR$ 18 bilhões aos cofres públicos e
ajudar a cobrir pouco mais da metade do rombo do orçamento de 2016, de
R$ 30,5 bilhões. Nesse conjunto, estão principalmente tributos que podem
ser elevados por meio de decreto, sem a necessidade de aprovação do
Congresso. Segundo fontes do governo, os principais alvos são a Cide, o
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF). No caso do IPI, uma das ações pode ser a
elevação da alíquota que incide sobre o setor de cigarros. Este ano, já
subiram as alíquotas do IPI para cosméticos e bebidas quentes.
Em Paris, o ministro da Fazenda, Joaquim
Levy, afirmou ontem que o aumento do Imposto de Renda — “sobre rendas
mais altas”, em suas palavras — pode fazer parte do pacote para reforçar
a arrecadação do governo:
— Pode ser um caminho. Essa é discussão
que a gente está tendo agora e que eu acho que tem que amadurecer o mais
rapidamente no Congresso. A gente tem menos impostos sobre a renda da
pessoa física, do que a maior parte dos países da OCDE (Organização para
a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). É uma coisa para a gente
pensar.
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