quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Janot diz que Lava Jato investiga ‘uma enorme organização criminosa’

cy9hueou0rlq65bn2ozhcnxyzNo início do julgamento que pode decidir pelo fatiamento das apurações da Operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu nesta quarta-feira (23) que não há uma investigação de “empresas nem delações premiadas”, mas de uma “enorme organização criminosa que se espalhou pelos braços do serviço público”.

Os ministros começaram a discutir uma questão de ordem do ministro Dias Toffoli sobre os rumos das investigações de provas contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) por não terem ligação direta com o esquema de corrupção da Petrobras.

O entendimento do STF deve fixar se o ministro Teori Zavascki e o juiz federal no Paraná Sérgio Moro, que comandam as investigações da Lava Jato, são ou não competentes para analisar casos ligados à operação que não têm relação direta com os desvios na estatal.

“Existe uma operação de mesma maneira, mesmos atores, mesmos operadores econômicos, que atuaram no fato empresa Consist e no fato empresa Petrobras. Não estamos investigando empresas nem delações, mas uma enorme organização criminosa que se espraiou para braços do setor público”, disse.

Para Janot, as provas contra a senadora estão interligadas à Operação Lava Jato. “Existem dois operadores que conversavam simultaneamente sobre um modus operandi idêntico na distribuição e obtenção ilícita de um lado e de outro. A eventual determinação do local da pratica de ilícito o fato de empresa ter sede em são Paulo tem que ser levado em conta é que a lavagem de dinheiro ocorria através dois escritório de advocacia em Curitiba”, disse.

O possível fatiamento da operação preocupa integrantes da força-tarefa da Lava Jato. O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse à Folha de S.Paulo que a divisão pode significar “o fim da Lava Jato tal qual conhecemos”. Nos bastidores, investigadores temem que a decisão do STF tenha tido influência política.

Folha Press

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