Biomédicos
da Universidade Técnica de Dresden, na Alemanha, conseguiram curar
vários ratos com HIV a partir de um novo método que utiliza uma enzima
capaz de eliminar o vírus no DNA das células infectadas. Segundo o
estudo, a iniciativa alcançou resultado positivo em mais de 90% dos
casos. O passo seguinte é realizar testes em seres humanos, informa a
publicação cientifica “The Local”.
Segundo o chefe da seção de estratégia
antiviral do “Heinrich Pette Institute”, órgão parceiro na elaboração do
trabalho, existem várias abordagens que trabalham com esse objetivo,
mas a única que conseguiu a remoção total do vírus foi esta.
A técnica consiste na aplicação de uma
enzima nas células-tronco retiradas após uma amostra de sangue ser
colhida. Ela é responsável pela alteração do DNA. Assim, as células
autoimunes geneticamente modificadas podem se reproduzir e eliminar o
vírus nas células infectadas.
A equipe de Dresden conseguiu criar a
enzima por meio de processos de mutação e seleção. Os pesquisadores a
manipularam de modo que ela pudesse identificar o HIV e removê-lo dentro
de uma sequência de DNA.
Sobre a possibilidade da técnica
funcionar em seres humanos, o cientista aponta que a resposta só virá
após uma série de testes clínicos. Para isso, é preciso captar recursos
para as novas fases do projeto.
De acordo com o líder da equipe que fez a
pesquisa na Universidade de Dresden, Frank Buchholz, se todas as etapas
forem cumpridas conforme o grupo planeja, em cerca de 10 anos a técnica
poderá estar pronta para ampla utilização.
Para o Presidente da Sociedade Alemã de
combate à Aids, Jürgen Rockstroh, a pesquisa representa uma nova
esperança de cura. Mas, para que a esperança vire realidade, a técnica
precisa antes ser comprovada.
O Globo
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