terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Servidores da saúde estadual iniciam greve nesta terça, com ato na Sesap

Os servidores estaduais da saúde do RN retomam a greve nesta terça-feira (10), após a decisão do governo estadual de rever os compromissos assumidos em setembro, e que permitiram a suspensão da greve após 34 dias. A partir das 09h30, eles promovem um ato público em frente à Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), na Av. Deodoro da Fonseca. Servidores terceirizados (em greve desde sábado pelo pagamento de seus salários) e aposentados também devem participar do ato-vigília.

Os servidores exigem o envio de um Projeto de Lei para a Assembleia Legislativa, com a nova tabela do Plano de Cargos (PCCR), incluindo a implantação do internível (diferença de 3% a cada dois anos de serviço), nos prazos acordados. O governo quer adiar o prazo para a implantação do internível, pagando parte dos servidores apenas em agosto e setembro de 2014. Com o adiamento, a implantação só seria feita após a Copa do Mundo, às vésperas das eleições.

O Sindsaúde cobra ainda o pagamento de um reajuste aos aposentados, que foi pago em 2012 aos demais servidores. O governo, que havia se comprometido com o pagamento a partir de janeiro, afirma que não há garantias do cumprimento.

Nesta segunda, o Sindsaúde participou de uma entrevista coletiva, com os sindicatos dos professores, de policiais civis e dos servidores da Administração Indireta. “O governo quebrou acordos com todas as categorias que fizeram greve neste ano. Quando estamos em greve, pedem para a gente parar. Depois, esquecem o que eles mesmo assinaram. Não se pode brincar com a vida das pessoas”, afirma Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde-RN.

SANTA CRUZ – Além da capital, a greve também deve atingir o Hospital Regional de Santa Cruz, onde os servidores estão ameaçados do corte de suas gratificações a partir de fevereiro, o que levaria a perda de quase metade da remuneração. A crise entre o Estado – responsável pelos servidores – e o Município de Santa Cruz – atual responsável pelo hospital – ameaça o funcionamento do hospital, que atende pacientes de 14 cidades.

Por BG

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