O médico Anuar Ibrahim Mitre, baleado pelo paciente Daniel Edmans Forti
na tarde desta segunda-feira (15), havia operado seu atirador. A
informação foi dada pela secretária do urologista, que falou com o G1
sob a condição de não ter seu nome revelado. Atingido na cabeça, no
braço e nas costas, o urologista foi levado para o Hospital
Sírio-Libanês, onde passava por cirurgia na noite desta segunda.
O crime aconteceu por volta das 16h, no consultório do médico, no
quarto andar do edifício Medical Center, situado na Rua Dona Adma Jafet,
50, em frente ao hospital. O atirador se matou com um tiro na cabeça,
segundo a polícia. A motivação é investigada.
A mulher testemunhou o crime. “Ele [atirador] chegou e se identificou
como paciente. Eu disse que iria avisar o doutor e pedi para ele
esperar. Quando o outro paciente saiu da sala, ele passou por trás do
paciente e já falou um palavrão. E em seguida já atirou”, afirmou, após
prestar depoimento no 4º Distrito Policial, na Consolação.
Ela contou que Forti, também médico, era atendido por Mitre havia cinco
anos. Segundo a secretária, o paciente sofreu um acidente de moto no
Rio e passou por cirurgia. Os ferimentos decorrentes o deixaram com um
problema na uretra. Por causa disso, procurou o especialista, que
realizou outro procedimento.
Anuar Mitre, de 65 anos, é vice-Diretor Clínico e Membro do Conselho
Consultivo do Instituto de Ensino e Pesquisa do Sírio-Libanês. O médico
Sérgio Carlos Nahas socorreu o colega logo após os disparos. “Ele estava
gravemente ferido. Foi feita uma tomografia dentro do hospital e a
lesão, a impressão que eu tive na hora, é que era uma lesão de crânio".
Nahas também verificou que o atirador estava morto quando entrou no
consultório.
O atirador tinha registro médico profissional feito no Rio de Janeiro,
como aponta documento apreendido pela polícia. De acordo com a
assessoria do Sírio Libanês, Daniel Forti não tem vínculo com o
hospital, nem como médico nem como paciente.
G1
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