Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que o
Brasil é o País que mais investe em saneamento básico e acesso à água
potável entre nações que ainda estão em desenvolvimento - um total de
US$ 11,7 bilhões. Os números são relativos a 2012 e fazem parte do
Relatório de Análise Global e Avaliação de Água Potável e Saneamento
(Glaas, na sigla em inglês), que reúne dados de 93 países da América,
África e Ásia. No entanto, em relação ao Produto Interno Bruto, os
recursos deixam a desejar e representam apenas 0,11%, a quarta pior
marca, na frente só de Sérvia (0,06%), Cuba (0,02%) e Uruguai (0%).
Essa
é a segunda vez que o Brasil faz parte do levantamento. Em relação a
2012, o Brasil se manteve estável nos recursos para saneamento, água
potável e higiene, investindo cerca de 75% do necessário para o setor.
De acordo com o relatório, 59% dos gastos são para aumentar o porcentual
de água potável disponível para a população. O principal gargalo
apresentado pela pesquisa não é a falta de recursos no País, mas sim a
má utilização pelo poder público.
Apenas no Uruguai
(81%) e na Colômbia (80%) esse patamar é maior. Os investimentos em
saneamento e água potável registraram crescimento de 30% entre 2010 e
2012, passando de US$ 8,3 bilhões para 10,9 bilhões em recursos. Esse
aumento fez, por exemplo, 2,3 bilhões de pessoas terem acesso a fontes
diárias de água potável no mundo. Além disso, caiu a proporção de
crianças que morrem por doenças ligadas à má qualidade da água: de 1,5
milhão para cerca de 600 mil ao ano.
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