A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista ao Grupo de Diários
América (GDA), publicada neste domingo (22) pelo jornal "El Mercurio",
do Chile, que o Brasil não vive "crise de corrupção", ao comentar as
denúncias de irregularidades na Petrobras investigadas pela Polícia
Federal na Operação Lava Jato. De acordo com o jornal, a presidente
concedeu a entrevista por ter recebido o prêmio "Personagem
Latino-americana de 2014" pelo GDA.
“O Brasil não vive uma crise de
corrupção, como dizem alguns. Nos últimos anos, começamos a pôr fim a um
largo período de impunidade. Isso é um grande avanço para a democracia
brasileira", disse a presidente, após ser questionada sobre se o
escândalo na Petrobras pode afetar a estabilidade política necessária
para o segundo mandato.
Indagada sobre como é possível liderar uma
campanha anticorrupção "séria" se o PT é o "protagonista" do escândalo
da petrobras, Dilma ressaltou que as suspeitas da Polícia Federal são de
que o esquema na estatal começaram antes do governo do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. "Como já disse, é a Polícia Federal do meu
governo que conduz as investigações sobre a corrupção na Petrobras.
Foram essas investigações que levaram ao desmantelamento de um esquema
do qual se suspeita que tem décadas de existência, com anterioridade aos
governos do PT", afirmou. Dilma disse estar "indignada" com as
denúncias que envolvem a estatal, e afirmou que os brasileiros também
sentem-se desta forma. A presidente afirmou querer que os responsáveis
pelos desvios de recursos na empresa sejam "castigados".
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