domingo, 25 de janeiro de 2015

Exportações do RN caem para países ricos e sobem para américa latina

GJFHYUJFUTFO Rio Grande do Norte diminuiu as exportações para a Europa e Estados Unidos em 2014 em comparação com 2013. Por outro lado, aumentou as vendas para países da América do Sul. A informação é do Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação da Indústria do Rio Grande do Norte (Fiern).

Mesmo com a redução de 3,2% em 2014, 43,6% das vendas de produtos potiguares para outros países foram para integrantes da União Europeia. A Holanda, Espanha e Reino Unido são respectivamente os principais compradores de frutas frescas, castanha de caju, peixe e granito do Rio Grande do Norte.

Para se ter ideia, da diminuição de compras dos europeus, só em exportações para a Holanda, houve uma redução de 8%.                 O principal país consumidor dos produtos potiguares na Europa, também é um dos maiores distribuidores para os vizinhos.

Na ótica do professor de Economia da UFRN, Zivanilson Silva, a crise da dívida soberana é uma das explicações para essa redução. Essa crise teve seu pico em 2012, quando vários países como Grécia, Espanha e Chipre tiveram que pedir ajuda financeira ao Banco Central Europeu para tentar se livrar das conseqüências de outra crise de quatro anos atrás. “A Europa, em particular, ainda passa por reverberações da crise financeira de 2008″, disse. Com a economia retraída internamente, os produtos importados são naturalmente preteridos.

Para o presidente da Fiern, Amaro Sales, o que ocorreu foi um movimento natural de mercado. “A mudança de mercado é decorrente da disponibilidade dos clientes e das oportunidades que surgiram”, disse em relação ao crescimento de exportações para os países latino-americanos.

Os Estados Unidos, país que sozinho é o maior importador do Rio Grande do Norte, tem comprou 19,4% menos dos potiguares em 2014 se comparado com 2013. Ainda segundo o economista Zivanilson Silva, isso ocorreu porque o maior país do mundo também está passando por uma fase muito inicial da recuperação econômica. A pauta de exportação para a terra do tio Sam também não muda muito: peixes, castanha de caju, lagosta, chiclete e balas.

Mas nada como descobrir alternativas em meio a crises. O lado do bom das exportações das em 2014 foi o crescimento das exportações para os países da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi): 112,6%. O volume de exportações em 2013 era muito pequeno, no entanto, além do próprio crescimento, esse número representa a abertura desse mercado.

Fazem parte dessa associação Argentina, Brasil, Uruguaia, México, Bolívia, Venezuela, Cuba, Peru, Paraguai, Equador, Colômbia, Chile e Panamá.Tecidos de algodão e chapas plásticas foram os principais produtos exportados para os nossos vizinhos em 2014 segundo o CIN da Fiern.

A China também teve destaque nas nossas relações comerciais no ano que passou. Houve um crescimento de 94% nas exportações do Rio Grande do Norte para uma das maiores economia do oriente. Os chineses compraram basicamente nosso minério, principalmente tungstênio, mármores, granitos e ferro. Em contrapartida, eles enviam de volta produto com valor agregado – mais caro. Com a venda de equipamentos industriais, a China também é principal país do qual o RN importa, vendendo 36% do que compramos do exterior.

Esse mapeamento mostra o quanto nossa economia não mudou de características, exportando comodities – produtos com pouco valor agregado – e importando produtos industrializados. “Como não temos uma política industrial definida nacional, os governos só agem empiricamente, ficam empurrando com a barriga”, disse o economista.

“Nos últimos 20 anos, a economia do Rio Grande do Norte vem sofrendo reveses e mais reveses. Há 20 anos não acontece nada de novo na nossa economia”, sentenciou o presidente da Fiern. Amaro Sales se diz animado com o discurso do novo governador, que pretende governar em parceria com o setor produtivo para mudar essa situação de paralisia da nossa economia.

O Jornal de Hoje 

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