domingo, 25 de janeiro de 2015

Rio Grande do Norte perde mais de US$ 90 milhões na exportação de pescado

Antonio-Alberto-Cortez-----Professor-WR-(1)O setor pesqueiro do Rio Grande do Norte, que envolve mais de 40 mil trabalhadores no Estado, vem enfrentando dificuldades. Um dos maiores problemas dessa cadeia produtiva diz respeito ao escoamento da produção. Segundo informou o novo subsecretário da Pesca do RN, o professor Antônio-Alberto Cortez, o Estado vive um momento contraditório. Apesar da produção significativa de pescado em território potiguar, as estatísticas demonstram redução na atividade no que tangem as exportações.

Dados informados por Cortez mostram a gravidade da situação. Em 2004, o segmento contribuiu com U$ 110 milhões em exportação só de pescado, quando todos os produtos do Estado exportados somaram cerca de U$ 573 milhões. Dez anos depois, em 2014, o total de exportações em pescado caiu mais de U$ 90 milhões, chegando a pouco mais de U$ 18 milhões. No ano passado, a exportação total do RN também não foi nada satisfatória, fechando o ano com uma média de R$ 251 milhões.

“Se formos analisar, todas as cadeias produtivas estão em queda quanto às exportações. Mas o setor pesqueiro sofreu uma queda que eu considero frustrante. Em 2004 contribuímos com quase 20% das exportações. Hoje não chegamos nem a 10%”, avaliou.

Para Antônio-Alberto Cortez, um problema de tamanha magnitude não tem apenas uma causa. “Esse resultado que temos hoje vem de uma série de fatores. Entre essas causas, devemos considerar a crise nacional que se estabeleceu a partir de 1998, prejudicando as exportações do país; a queda do dólar em anos passados, que é sempre desestimulante para a exportação; e problemas como questões ambientais e atraso nas portarias ou normativas para atuação do setor”, disse. “Temos carência da agilidade da legislação pertinente”.

Com toda essa dificuldade, o RN continua com grande potencial na produção pesqueira. O Estado é o maior produtor de atum do país e o maior fornecedor da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo).

“Precisamos evitar que a situação piore e retomar nosso potencial de exportação. Há uma determinação por parte do governador Robinson Faria para que o setor se dinamize. E é nisto que estamos trabalhando. Ainda não temos um plano de ações fechado, mas as metas estão sendo pensadas e, na medida do possível, serão aplicadas”, disse.

O Jornal de Hoje 

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