O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves
(MG), criticou nesta terça-feira, 20, as medidas anunciadas pela área
econômica do governo e as classificou como "estelionato" eleitoral.
Segundo ele, integrantes da oposição irão se mobilizar para impedir no Congresso Nacional a aprovação de propostas que possam penalizar os trabalhadores.
"É inaceitável que medidas dessa magnitude, que afetarão a vida de
milhões de famílias, sejam tomadas sem nenhum debate com a sociedade".
O posicionamento do tucano ocorre logo após a presidente Dilma Rousseff
vetar a correção de 6,5% na tabela do Imposto de Renda da Pessoa
Física, aprovada no fim do ano passado pelo Congresso Nacional.
A decisão consta da sanção, com vários vetos, da Lei 13.097, que é resultado da aprovação da Medida Provisória 656.
"A presidente Dilma inicia o seu novo mandato cortando direitos
trabalhistas e aumentando impostos. Com isso, traiu os compromissos
assumidos com a população durante a campanha eleitoral", diz o senador
em nota.
"Na prática, isso significa que o governo está aumentando o imposto de
renda a ser pago pelos brasileiros. O brasileiro tem sido a grande
vítima da incompetência e das contradições do governo do PT".
Aécio também cita o apagão ocorrido nessa segunda, 19, em 10 estados e
no Distrito Federal e o anúncio, no mesmo dia, pelo ministro da Fazenda,
Joaquim Levy, de um pacote de aumento de impostos ao consumidor e às
empresas dos setores de combustíveis, cosméticos e importadoras.
A iniciativa do governo visa elevar a arrecadação em R$ 20,6 bilhões, e
tem como objetivo recuperar a confiança na economia e fechar as contas
este ano.
Fonte: Exame
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