sábado, 4 de abril de 2015

Faturamento de firma de Dirceu chega a R$ 39,1 milhões

Jose-Dirceu-negroA JD Assessoria e Consultoria, empresa do ex-ministro José Dirceu, faturou R$ 39,1 milhões entre 2006 e 2013, quase R$ 10 milhões a mais que os R$ 29,3 milhões discriminados na quebra de sigilo entregue aos procuradores da Operação Lava Jato.

Parte da diferença veio de pagamentos de clientes estrangeiros, não listados no relatório da Receita Federal.

A assessoria de Dirceu confirmou ter recebido dos bilionários mexicanos Carlos Slim e Ricardo Salinas, do empresário de comunicação venezuelano Gustavo Cisneros e da espanhola Telefónica.

As receitas foram declaradas no Imposto de Renda, mas os nomes das fontes pagadoras estrangeiras não estão discriminados porque o dinheiro chegou às contas da JD por meio de contratos de câmbio. Nesta modalidade, o contribuinte declara os valores recebidos, mas não os dados de quem fez os pagamentos.

A origem do dinheiro fica registrada no Banco do Brasil, onde as operações foram realizadas, e no Banco Central. Só é preciso discriminar ao fisco quem fez os pagamentos se cair na malha fina.

Dirceu entrou no radar da Operação Lava Jato, que apura um esquema de corrupção na Petrobras, depois que a investigação detectou que sua empresa recebeu R$ 10 milhões de empreiteiras suspeitas de formar cartel para superfaturar obras da estatal.

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