Em
meio às negociações em torno da votação do pacote de ajuste fiscal no
Congresso, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sinalizou que o governo
está disposto a discutir a redução do número de ministérios e de cargos
comissionados, ocupados por indicação política, na esfera do Executivo
federal.
A
realização de uma reforma administrativa foi tema de uma reunião entre o
ministro e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na
segunda-feira. Na ocasião, Levy esteve no Congresso para negociar o
adiamento da votação do projeto que obriga o governo a regulamentar em
30 dias o novo indexador da dívida dos Estados.
O
ministro saiu do encontro com o acordo de adiamento do projeto e com o
discurso de que iria elaborar um levantamento que indicasse possíveis
cortes. Ele, no entanto, não deu nenhuma data para apresentá-lo. A Casa
Civil do governo Dilma já elabora um estudo sobre uma possível redução
dos atuais 39 ministérios.
A
redução de cargos comissionados foi defendida publicamente dias antes
por Renan, que vê na proposta uma forma de dar uma resposta a setores da
sociedade descontentes com as medidas impopulares tomadas pelo
Executivo na área econômica. O pacote inclui a redução de benefícios
trabalhistas e previdenciários, além de um reajuste menor na tabela do
Imposto de Renda da Pessoa Física.
"A
sociedade tem que ficar absolutamente convencida de que o poder público
está fazendo a sua parte e que vai cortar", afirmou Renan na ocasião.
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