A Prefeitura Municipal de Mossoró vive um momento de pré-falência. Um
decreto publicado pelo chefe do Executivo da cidade, Francisco Silveira
Júnior (PSD), determinou cortes de despesas na administração. Algumas
áreas chegaram a ser afetadas em até 50%. Ainda não se sabe quanto se
pretende economizar.
A motivação do cortes estaria relacionada com a crise econômica pela
qual passa o Brasil. Segundo o decreto do prefeito, devem ser reduzidas
em 50% as despesas com passagens e diárias. Já com água, luz, energia,
combustível e telefone, a ordem é que o corte seja de 20%.
A determinação mais contundente foi contra as obras. A ordem é que todas sejam suspensas, exceto as que só dependem de recursos federais. De 2013 para cá, sob a gestão de Silveira Júnior, mais de R$ 55 milhões foram contratados ao governo federal, conforme o sistema da Caixa, mas até agora nenhum centavo foi liberado.
Apesar do discurso, foi emitida uma nota de empenho no valor de R$ 10
milhões nessa terça-feira (31) em nome da construtora I.M Comércio e
Terraplanagem. O empenho é a primeira fase da despesa e sinaliza
intenção do município em pagar.
A folha de pagamento de pessoal é a única coisa que até agora não foi
atingida pelos cortes do prefeito. Já com fornecedores, a imprensa da
cidade tem noticiado que há atrasos, mas a versão do Executivo é que não
há.
O maior evento de Mossoró também não foi poupado. O Mossoró Cidade
Junina deverá ter cortes na ordem de 20%. No ano passado, foram gastos
R$ 4.887.281,99. Com os cortes previstos, os valores deverão ir para a
ordem de R$ 4 milhões, mesmo patamar dos custos de 2013.
Secretário de Planejamento, Josivan Barbosa não atendeu a nenhum dos
telefones em que foi procurado pela reportagem para repercutir o
assunto. Em entrevista ao jornal O Mossoroense afirmou que ainda não
sabe o montante da dívida da prefeitura e que um levantamento será
feito.
Portal No Ar
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