Integrante
da força-tarefa da Lava Jato, o procurador da República Carlos Fernando
dos Santos Lima manifestou preocupação de que decisão recente do STF
(Supremo Tribunal Federal) de dividir parte da investigação ameace o
futuro da operação. "Pode significar o fim da Lava Jato tal qual a
conhecemos", disse Lima à Folha.
Responsável
pelos inquéritos do caso no STF, o ministro Teori Zavascki entendeu que
suspeitas contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) por desvios no
Ministério do Planejamento não têm conexão com o resto da Lava Jato, que
trata de corrupção na Petrobras. Por isso, ele decidiu que o caso de
Gleisi pode ser julgado por outro ministro, e o processo foi
redistribuído para Dias Toffoli.
O
temor de Lima é que, a partir daí, a investigação sobre essa etapa (e
inclusive várias outras, que não tratem da Petrobras) seja remetida para
outra vara federal, até mesmo fora do Paraná, e deixe de ser conduzida
pela força-tarefa da operação.
"O
que queremos mostrar é que não estamos investigando a Petrobras.
Estamos desvelando a compra de apoio político-partidário pelo governo
federal, por meio de propina institucionalizada nos órgãos públicos",
disse.
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