Em carta divulgada nesta terça-feira (24), o papa emérito Bento 16 negou
que tenha encoberto casos de pedofilia na Igreja Católica nos quase
oito anos em que comandou o Vaticano. Durante o período, surgiram as
denúncias mais sérias de padres que abusavam sexualmente de crianças e
adolescentes. Este é o primeiro pronunciamento do pontífice publicado
após sua renúncia, em fevereiro. O religioso manifestou sua “profunda
consternação” pelos casos de abusos sexuais contra menores e afirmou que
nunca os acobertou.
“O fato de o poder do mal penetrar até este ponto
no mundo interior da fé é para nós um sofrimento que, por um lado, não
podemos suportar, e por outro, nos obriga a fazer todo o possível para
que incidentes deste tipo não voltem a se repetir”, proferiu. Os
primeiros casos que provocaram a crise no Vaticano foram publicados em
2002, nos Estados Unidos. Desde então, diversas outras acusações foram
reveladas em diversos países. O escândalo sexual, aliado às denúncias de
corrupção no Vaticano, pressionou todo o pontificado de Bento.
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