Os ministérios públicos (MP) dos estados do Rio de Janeiro e de São
Paulo se pronunciaram nesta sexta-feira (3) a respeito das ofensas
sofridas em rede social pela apresentadora da Rede Globo, Maria Júlia
Coutinho. O MP de São Paulo, segundo publicação no site da instituição,
anunciou que foi instaurado “procedimento investigatório criminal" para
apurar prática de racismo e injúria, qualificada contra a apresentadora.
A medida foi instaurada pelo promotor de Justiça Criminal, Christiano
Jorge Santos, segundo o texto, depois de tomar conhecimento dos
comentários feitos pelos internautas. O MP paulista ressalta que “caso
de racismo é crime imprescritível e inafiançável. Já a injúria racial
prevê pena de reclusão de um a três anos”.
No Rio de Janeiro, o MP informou, também pelo site da instituição, que
sua Coordenadoria de Direitos Humanos solicitou à Promotoria de
Investigação Penal que acompanhe o caso, com rigor, junto à Delegacia de
Repressão a Crimes de Informática. De acordo com o MP-RJ, ontem (02), a
produção do Jornal Nacional publicou uma foto da apresentadora que faz a
previsão do tempo. “Desde então, diversas mensagens ofensivas e de
conteúdo racista têm sido direcionadas à repórter”, diz o texto.
Diante dos comentários, internautas postaram mensagens de apoio à
apresentadora em diferentes redes sociais. “Destilar preconceito via
internet é crime”, disse um usuário em rede social. “Por um Brasil com
mais respeito e igualdade para todos”, disse outro.
Agência Brasil
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