O que Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, de 72 anos, ditador há 35 anos
da Guiné Equatorial, o chefe de Estado há mais tempo no poder na África,
e o oitavo governante mais rico do mundo, segundo a revista “Forbes”,
tem a ver com o Grêmio Recreativo Escola de Samba Beija-Flor de
Nilópolis, campeã 12 vezes do Grupo Especial do carnaval carioca e a
maior campeã da era do Sambódromo?
Confira na próxima segunda-feira quando a escola entrar na avenida às
23h40 em ponto, depois da Portela e antes da União da Ilha, com o
enredo “Um griô (homem sábio) conta a História: um olhar sobre a África e
o despontar da Guiné Equatorial. Caminhemos sobre a trilha de nossa
felicidade”. Nunca antes no carnaval do Rio uma escola recebeu tanto
dinheiro de patrocínio — R$ 10 milhões, injetados por Obiang, que
assistirá ao desfile no Sambódromo.
Capricho de um ditador que governa por decreto um pequeno país
localizado na África Ocidental, formado por duas ilhas e um pedaço
estreito de continente, e habitado por escassas 700 mil pessoas? Sim.
Mas ele pode agir assim. A Guiné Equatorial é um país miserável, mas é
também o terceiro maior produtor de petróleo da África. Só perde para a
Nigéria e Angola. Obiang concentra em suas mãos todos os poderes e
governa por decreto. Faz o que quer.
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